tag:blogger.com,1999:blog-6114685376851999502024-03-05T08:18:00.707-08:00Marcos BohrerGeografia, Mundo, Cultura e Informação!Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.comBlogger35125tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-14546505582977559922010-07-15T07:09:00.000-07:002010-07-15T07:12:24.449-07:00Porque foram condenados os presos que Cuba vai libertar?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgMmb5w7l9IclLvEK88rSEYfpBeKO7afwq4mtPphvrHOkh6IDPG_IyLKg39XQdQicOSXlhUTfqDiNND0h2IcS6SQSJvBw_Awf2ol2TcRKA0tKJR1B32GGauIpX-Ix8inObSBpMz6pIA/s1600/CubaRevolucion_peq.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; FLOAT: left; HEIGHT: 148px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5494135575056041570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbgMmb5w7l9IclLvEK88rSEYfpBeKO7afwq4mtPphvrHOkh6IDPG_IyLKg39XQdQicOSXlhUTfqDiNND0h2IcS6SQSJvBw_Awf2ol2TcRKA0tKJR1B32GGauIpX-Ix8inObSBpMz6pIA/s200/CubaRevolucion_peq.jpg" /></a><br /><div align="justify">A igreja católica de Cuba anunciou, dia 7, um acordo com o governo de Raúl Castro e o cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, com a assistência do ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, para libertar 52 presos remanescentes do desmantelamento da conspiração de 2002/2003 pelo fim do socialismo na ilha. Além dos questões humanitárias, o tema envolve aspectos políticos referentes à resistência antiimperialista na ilha que não podem ser postas de lado.<br /><br /><br /><br />O acordo beneficia 52 presos; cinco presos terão libertação imediata (Antonio Villarreal Acosta, Lester González Pentón, Luis Milán Fernández, José Luis García Paneque e Pablo Pacheco Ávila), e os demais 47 sairão num prazo entre três e quatro meses e poderão viajar para a Espanha, "se assim o desejarem", como declarou o chanceler espanhol. Em maio, quando as negociações entre o governo de Havana e a Igreja começaram, já havia sido libertado o preso Ariel Sigler.<br /><br /><br /><br />Os presos fazem parte de um grupo detido, julgado e condenado em 2003 por fazerem parte de uma ampla conspiração antissocialista articulada em torno do chamado Projeto Varela, que, com apoio ativo do governo dos EUA, reuniu 48 organizações antirrevolucionárias (cinco delas com sede nos EUA) para investir contra o governo socialista e iniciar o que chamavam de "transição" para o capitalismo.<br /><br /><br /><br />O plano previa a formação de uma grande aliança opositora com o objetivo de restabelecer a Constituição de 1940 e, segundo Angel Polanco (presidente do Comitê Pró-Mudança), obter adesões a um abaixo-assinado pela renúncia do governo socialista, pela mudança no sistema político e pela convocação de um Congresso da República, levando ao poder um governo provisório para promover o desmonte do estado socialista.<br /><br /><br />Apresentada pela imprensa conservadora como um movimento pacifista de oposição ao regime instaurado em 1959, o Projeto Varela fez parte da tentativa norte-americana de desestabilizar o regime e surgiu num ambiente onde as ameaças contra a soberania e a independência de Cuba se multiplicavam.<br /><br /><br />Declarações de autoridades norte-americanas deixavam claro que ele fazia parte dos preparativos da invasão da ilha. Em 2002 o governador da Flórida, Jeb Bush (irmão de George Bush), pedira ao irmão presidente para providenciar aquela invasão; o embaixador dos EUA na República Dominicana, Hans Hertell disse que o ataque ao Iraque era um "sinal muito positivo e exemplo muito bom para Cuba", sendo o começo de "cruzada libertadora que abarcará todos os países do mundo, Cuba incluída"; o secretário da Defesa Donald Rumsfeld disse, por sua vez, que, se fossem encontrados sinais de armas de destruição em massa em Cuba, "teríamos de agir".<br /><br /><br />Em abril de 2003 o governo Bush colocou Cuba no "eixo do mal", países que estavam na mira dos EUA por resistirem a suas ameaças de agressão. Um dos pretextos para isso era a acusação falsa feita por John Bolton, subsecretário de Estado, de que Cuba mantinha um programa de armas biológicas. Em outubro de 2003, o próprio Bush disse que "Cuba deve mudar" e que, evidentemente, "o regime de Castro não mudará por decisão própria". E em dezembro circulavam notícias de que vários órgãos do governo dos EUA trabalhavam em planos para a intervenção em Cuba.<br /><br /><br />No interior da ilha, sob a coordenação de James Cason, chefe do Escritório de Interesses dos EUA em Cuba, os preparativos para a ação contra o governo socialista foram acelerados. A distribuição de dólares foi farta, envolvendo desde o apoio à implantação de emissoras de rádio até o pagamento de cerca de 100 dólares mensais para aqueles que compareciam àquele departamento que é uma espécie de embaixada não formal dos EUA.<br /><br /><br />Foi uma enxurrada de pelo menos 45 milhões de dólares para financiar a conspiração. Em 2000 a Agência Internacional para o Desenvolvimento dos EUA (Usaid) deu 670 mil dólares para a publicação de panfletos anticomunistas. Outro 1,6 milhão de dólares foi destinado para ONGs contrarrevolucionárias; mais 2,4 milhões foram para o planejamento da "transição" e avaliação do programa.<br /><br /><br />O Centro para uma Cuba Livre recebeu 2,3 milhões em 2002 para aliciar grupos de oposição; o Grupo de Trabalho da Dissidência Interna ficou com 250 mil; Freedom House e seu Programa para a Transição de Cuba teve 1,3 milhão; o Grupo de Apoio à Dissidência, 1,2 milhão; a agência Cubanet, 1,1 milhão entre 2001 e 2002; o Centro Americano para o Trabalho Internacional de Solidariedade, 168 mil; a Ação Democrática Cubana, 400 mil em 2002.<br /><br />Enquanto isso, o secretário de Estado assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Curtis Struble, disse que a Usaid investiria mais 7 milhões na conspiração anticastrista, e o general Colin Powell, secretário da Estado de Bush, anunciou o investimento de 26,9 milhões na Rádio e na Televisão Martí, mantidas pela CIA para transmitir programação contrarrevolucionária e articular a ação dos conspiradores.<br /><br /><br />Foi a participação ativa nesta conspiração estrangeira contra o governo de seu país que levou à prisão daqueles que, agora, são beneficiados pelo acordo entre o governo de Raúl Castro e o cardeal Jaime Mendonça. Eles foram condenados sob a acusação de crimes contra a independência e a integridade territorial de Cuba. Foram condenados por trair a pátria socialista a serviço da principal potência imperialista de nosso tempo, os EUA. </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Associação Cultural José Martí - RJ </div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-54549248267607650502010-07-08T06:57:00.000-07:002010-07-08T07:04:53.186-07:00112 anos de intervenção estadunidense em Porto Rico<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgrmKa5m2WnFxLkl_PW_YIvfAtD1eHft2Q74glwzqs9oRyDoFLOFk3Jlj9JeUQjZpKb5mAZSA_Agy44UuPU2rwPRpzZrVUsgl6IhIn_6OUCsIzvYl369mVRJcUuXdUM9g8vBm4sJc1Mw/s1600/IndependenciaParaPR.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 290px; FLOAT: left; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491535746745877010" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgrmKa5m2WnFxLkl_PW_YIvfAtD1eHft2Q74glwzqs9oRyDoFLOFk3Jlj9JeUQjZpKb5mAZSA_Agy44UuPU2rwPRpzZrVUsgl6IhIn_6OUCsIzvYl369mVRJcUuXdUM9g8vBm4sJc1Mw/s400/IndependenciaParaPR.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Por Natasha Pitts<br />O assunto é antigo, mas continua sem resolução. No próximo dia 25, Porto Rico completará 112 anos sob a intervenção dos Estados Unidos. Na tentativa de reverter esta situação, autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) reafirmaram o direito inalienável dos porto-riquenhos à livre determinação e independência e exigiram aos EUA que procedam com a descolonização.<br /><br /><br />A Declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais, contida na resolução 1514 da XV Assembleia Geral da ONU, de 14 de dezembro de 1960, e o informe do Relator do Comitê Especial sobre a aplicação das resoluções acerca de Porto Rico, são documentos que há muito exigem a liberação do país da condição de colônia dos Estados Unidos.<br /><br /><br />Além destes, vários outros documentos e mecanismo reafirmam o direito dos porto-riquenhos à descolonização. Chega a 28 o número de resoluções e decisões aprovadas pelo Comitê Especial sobre a questão de Porto Rico. Contudo, mesmo com estas interferências, os EUA não colocaram em marcha atitudes concretas que cooperem com o processo e propiciem a aplicação da resolução 1514.<br /><br /><br />As autoridades da ONU pontuaram ainda que toda iniciativa para a solução do status político de Porto Rico deve ser tomada originalmente pela população e "que o povo porto-riquenho constitui uma nação latino-americana e caribenha que tem sua própria e inconfundível identidade nacional". O organismo exige que o Governo dos EUA assuma a responsabilidade de acelerar um processo que desvincule totalmente Porto Rico do domínio e da situação de colônia estadunidense.<br /><br /><br />Dentro deste processo mais amplo, também é exigida a limpeza e descontaminação de regiões como Vieques, utilizada há mais de 60 anos pela marinha estadunidense para manobras de tiro e exercícios de estratégia naval. As atividades trouxeram incontáveis danos para a saúde da população, para o meio ambiente, assim como para o desenvolvimento econômico e social do município.<br /><br /><br />O Governo dos EUA também é chamado a devolver o território de Ceiba, utilizado para experiência com matérias tóxicos, e a libertar os presos políticos encarcerados em prisões estadunidenses há mais de 20 anos, por causas relacionadas com a luta pela independência porto-riquenha.<br /><br /><br />Breve histórico<br /><br /><br />Porto Rico esteve sob colonização espanhola por cerca de 400 anos, no entanto, em 1898, o exército estadunidense invadiu a ilha durante a chamada Guerra Hispano-cubano-americana e o território passou a ser colônia norte-americana. Desde então, os porto-riquenhos têm nacionalidade norte-americana. Mesmo nesta condição, não podem votar em eleições presidenciais ou legislativas.<br /><br /><br />Desde 1952, Porto Rico está sob o status de Estado Livre Associado. Até hoje sua população luta pela total desvinculação com os Estados Unidos, mesmo sofrendo intimidações e repressões.<br /><br />Publicado originalmente em ADITAL.<br />Contribuição de Na Práxis. </span></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-36052374375493762542010-04-25T15:23:00.000-07:002010-04-25T15:30:40.898-07:00A mídia não comenta, mas Cuba realiza eleições neste domingo (respaldo à revolução)<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtFS_a-G-YT5tGTggvrjvceV-N_VEDMy1z1NsK0lndLSRWEkZ6x_M2UGERJLd5rd4NZ7HsxgsPaKY7Fyi7d1zhWqfGm-ecJ1fgUqAa76x7qHo_t-GwjVNYAdQXrVC2EijKXs8Q-iaopw/s1600/farsa-eleitoral.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; FLOAT: right; HEIGHT: 235px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464205431532098546" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtFS_a-G-YT5tGTggvrjvceV-N_VEDMy1z1NsK0lndLSRWEkZ6x_M2UGERJLd5rd4NZ7HsxgsPaKY7Fyi7d1zhWqfGm-ecJ1fgUqAa76x7qHo_t-GwjVNYAdQXrVC2EijKXs8Q-iaopw/s320/farsa-eleitoral.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">Para algumas pessoas no mundo deve ter soado um pouco estranho o anúncio do Conselho de Estado da República de Cuba de que no domingo 25 de Abril se efetuarão as eleições para delegados às 169 Assembleias Municipais do Poder Popular.<br /><br />Isso é perfeitamente compreensível, pois um dos componentes principais da guerra mediática contra a revolução cubana tem sido negar, escamotear ou silenciar a realização de eleições democráticas: as parciais, a cada dois anos e meio, para eleger delegados do conselho, e as gerais, a cada cinco, para eleger os deputados nacionais e integrantes das assembleias provinciais.<br /><br />Cuba entra no seu décimo terceiro processo eleitoral desde 1976 com a participação entusiasta e responsável de todos os cidadãos com mais de 16 anos de idade. Nesta ocasião, são eleições parciais.<br /><br />Com a tergiversação, a desinformação e a exclusão das eleições em Cuba da agenda informativa de cada um, os donos dos grandes meios de comunicação tentaram afiançar a sua sinistra mensagem de que os dirigentes em Cuba, a diferentes níveis, não são eleitos pelo povo.<br /><br />Isso apesar de, felizmente, nos últimos anos, sobretudo depois da irrupção da internet, os controles midiáticos terem começado a se quebrar aceleradamente, e a verdade sobre a realidade de Cuba, nas eleições e noutros acontecimentos e temas, ter vindo à tona.<br /><br />Não dar informação sobre as eleições em Cuba, nem da sua obra na saúde, educação, segurança social e outros temas, decorre de que os poderosos do mundo do capital temem a propagação do seu exemplo, à medida que vai ficando completamente clara a ficção de democracia e liberdade que durante séculos se vendeu ao mundo.<br /><br />Apreciamos, no entanto, que o implacável passar do tempo é adverso aos que tecem muros de silêncio. Mesmo que ainda andem por aí alguns comentadores tarefeiros ou políticos defensores de interesses alheios ou adversos aos povos e que continuam a afirmar que “sob a ditadura dos Castro em Cuba não há democracia, nem liberdade, nem eleições”. Trata-se de uma ideia repetida frequentemente para honrar aquele pensamento de um ideólogo do nazismo, segundo o qual uma mentira repetida mil vezes poderia converter-se numa verdade.<br /><br />À luz das eleições convocadas para o próximo dia 25 de Abril, quero apenas dizer-vos neste artigo, dentro da maior brevidade possível, quatro marcas do processo eleitoral em Cuba, ainda suscetíveis de aperfeiçoamento, que marcam substanciais diferenças com os mecanismos existentes para a celebração de eleições nas chamadas “democracias representativas”. Esses aspectos são: 1) Registo Eleitoral; 2) Assembleias de Nomeação de Candidatos a Delegados; 3) Propaganda Eleitoral; e 4) A votação e o escrutínio.<br /><br />O Registro Eleitoral é automático, universal, gratuito e público. Ao nascer um cubano, ele não só tem direito a receber educação e saúde gratuitamente, como também, quando chega aos 16 anos de idade, automaticamente é inscrito no Registro Eleitoral.<br /><br />Por razões de sexo, religião, raça ou filosofia política, ninguém é excluído. Nem se pertencer aos corpos de defesa e segurança do país. A ninguém é cobrado um centavo por aparecer inscrito, e muito menos é submetido a asfixiantes trâmites burocráticos como a exigência de fotografias, selos ou carimbos, ou a tomada de impressões digitais. O Registro é público, é exposto em lugares de massiva afluência do povo em cada circunscrição.<br /><br />Todo esse mecanismo público possibilita, desde o início do processo eleitoral, que cada cidadão com capacidade legal possa exercer o seu direito de eleger ou de ser eleito. E impede a possibilidade de fraude, o que é muito comum em países que se chamam democráticos. Em todo o lado a base para a fraude está, em primeiro lugar, naquela imensa maioria dos eleitores que não sabe quem tem direito a votar.<br /><br />Isso só é conhecido por umas poucas maquinarias políticas. E, por isso, há mortos que votam várias vezes, ou, como acontece nos Estados Unidos, numerosos cidadãos não são incluídos nos registos porque alguma vez foram condenados pelos tribunais, apesar de terem cumprido as suas penas.<br /><br />O que mais distingue e diferencia as eleições em Cuba de outras são as assembleias de nomeação de candidatos. Noutros países, a essência do sistema democrático é que os candidatos surjam dos partidos, da competição entre vários partidos e candidatos.<br /><br />Isso não é assim em Cuba. Os candidatos não saem de nenhuma maquinaria política. O Partido Comunista de Cuba, força dirigente da sociedade e do Estado, não é uma organização com propósitos eleitorais. Nem apresenta, nem elege, nem revoga nenhum dos milhares de homens e mulheres que ocupam os cargos representativos do Estado cubano. Entre os seus fins nunca esteve nem estará ganhar lugares na Assembleia Nacional ou nas Assembleias Provinciais ou Municipais do Poder Popular.<br /><br />Em cada um dos processos celebrados até à data foram propostos e eleitos numerosos militantes do Partido, porque os seus concidadãos os consideraram pessoas com méritos e aptidões, mas não devido à sua militância.<br /><br />Os cubanos e as cubanas têm o privilégio de apresentar os seus candidatos com base nos seus méritos e capacidades, em assembleias de residentes em bairros, demarcações ou áreas nas cidades ou no campo. De braço no ar é feita a votação nessas assembleias, de onde resulta eleito aquele proposto que obtenha maior número de votos. Em cada circunscrição eleitoral há varias áreas de nomeação, e a Lei Eleitoral garante que pelo menos 2 candidatos, e até 8, possam ser os que aparecem nos boletins para a eleição de delegados do próximo dia 25 de Abril.<br /><br />Outra marca do processo eleitoral em Cuba é a ausência de propaganda custosa e ruidosa, a mercantilização que está presente noutros países, onde há uma corrida para a obtenção de fundos ou para privilegiar uma ou outra empresa de relações públicas.<br /><br />Nenhum dos candidatos apresentados em Cuba pode fazer propaganda a seu favor e, obviamente, nenhum necessita de ser rico ou de dispor de fundos ou ajuda financeira para se dar a conhecer. Nas praças e nas ruas não há ações a favor de nenhum candidato, nem manifestações, nem carros com alto-falantes, nem cartazes com as suas fotografias, nem promessas eleitorais; na rádio e na televisão também não; nem na imprensa escrita.<br /><br />A única propaganda é executada pelas autoridades eleitorais e consiste na exposição em lugares públicos na área de residência dos eleitores da biografia e fotografia de cada um dos candidatos. Nenhum candidato é privilegiado sobre outro. Nas biografias são expostos méritos alcançados na vida social, a fim de que os eleitores possam ter elementos sobre condições pessoais, prestígio e capacidade para servir o povo de cada um dos candidatos e emitir livremente o seu voto pelo que considere o melhor.<br /><br />A marca final que queremos comentar é a votação e o escrutínio público. Em Cuba não é obrigatório o voto. Como estabelece o Artigo 3 da Lei Eleitoral, é livre, igual e secreto, e cada eleitor tem direito a um só voto. Ninguém tem, pois, nada que temer se não for ao seu colégio eleitoral no dia das eleições ou se decidir entregar o seu boletim em branco ou anulá-lo. Não acontece como em muitos países onde o voto é obrigatório e as pessoas são compelidas a votarem para não serem multadas, ou serem levadas a tribunal ou até para não perderem o emprego.<br /><br />Enquanto noutros países, incluindo os Estados Unidos, a essência radica em que a maioria não vote, em Cuba garante-se que quem o deseje possa fazê-lo. Nas eleições efetuadas em Cuba desde 1976 até à data de hoje, em média, 97% dos eleitores foram votar. Nas últimas três, votaram mais de 8 milhões de eleitores.<br /><br />A contagem dos votos nas eleições cubanas é pública, e pode ser presenciada em cada colégio por todos os cidadãos que o desejem fazer, inclusive a imprensa nacional ou estrangeira. E, para além disso, os eleitos só o são se alcançam mais de 50% dos votos válidos emitidos, e eles prestam contas aos seus eleitores e podem ser revogados a qualquer momento do seu mandato.<br /><br />Aspiro simplesmente a que, com estas marcas agora enunciadas, um leitor sem informação sobre a realidade cubana responda a algumas elementares perguntas, como as seguintes: onde há maior transparência eleitoral e maior liberdade e democracia? Onde se obtiveram melhores resultados eleitorais: em países com muitos partidos políticos, muitos candidatos, muita propaganda, ou na Cuba silenciada ou manipulada pelos grandes meios, monopolizados por um punhado de empresas e magnatas cada vez mais reduzido?<br /><br />E aspiro, para além disso, a que pelo menos algum dia, cesse na grande imprensa o muro de silêncio que se levantou sobre as eleições em Cuba, tal como em outros temas como a obra na saúde pública e na educação, e isso possa ser fonte de conhecimento para outros povos que merecem um maior respeito e um futuro de mais liberdades e democracia. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA86XCbb3MgpdWZTvWe3RjWYWjnQiVQjL4Y6IgY5ccqterA7J3SSktMPgpvxdbL65nGJVNtveJ3OovgW_2ITmmsEBrZswcviUkVyUqGNBwJZyOFiVumzeaCXk2wMQJKlD0OcANf0ZVvA/s1600/Cuba.jpg"><img style="WIDTH: 200px; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464205623929153234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA86XCbb3MgpdWZTvWe3RjWYWjnQiVQjL4Y6IgY5ccqterA7J3SSktMPgpvxdbL65nGJVNtveJ3OovgW_2ITmmsEBrZswcviUkVyUqGNBwJZyOFiVumzeaCXk2wMQJKlD0OcANf0ZVvA/s200/Cuba.jpg" /></a></div></div><br />Por Juan Marrero, em Cuba DebateMarcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-55362546328622653792010-04-25T14:40:00.000-07:002010-04-25T14:41:59.368-07:00O velho Malthus e os neomathusianos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicOgkY877Vjn6PCwqZgBv0zs-ByifNLtBa72FBAJZQrfZ0PVd_Iao-ZSVsW5mPyVSyyXWG3iQ9OthVP5lfpD5eaMcJdVMVeo3T3yt70UCo2InOAsjfaDCO0k73E8enHtdy4cIpmk-WJQ/s1600/malthus.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 152px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464193511793848706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicOgkY877Vjn6PCwqZgBv0zs-ByifNLtBa72FBAJZQrfZ0PVd_Iao-ZSVsW5mPyVSyyXWG3iQ9OthVP5lfpD5eaMcJdVMVeo3T3yt70UCo2InOAsjfaDCO0k73E8enHtdy4cIpmk-WJQ/s200/malthus.jpg" /></a><br /><div align="justify">Thomas Robert Malthus, filho de uma elite européia proprietária de terras, tornou-se um dos mais conhecidos estudiosos de população de sua época. Para ele, a populações humanas cresciam em progressão geométrica e, no entanto, com o passar do tempo, faltaria alimento. Como solução para o problema, Malthus propôs que dever-se-ia restringir esse crescimento, pois os meios de subsistência poderiam crescer somente em progressão aritmética. Segundo ele, esse crescimento populacional deve ser limitado através de todas as restrições ao nascimento e pelo aumento da mortalidade. Logo, para Malthus, o excesso populacional era a causa de todos os males da sociedade e, portanto, os pobres são os responsáveis pela pobreza e a miséria.<br />Esse pensamento excludente não pode ser desconsiderado, levando em conta que sua época de estudo (1650-1850), entretanto é inaceitável que na atualidade tenhamos teorias que ainda acreditem que o agente produtor da miséria seja os pobres e que a solução estão no controle de natalidade. Foi o que ocorreu esse ano (2009), quando o Fundo Populacional da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou que o controle de natalidade ajudaria a frear o aquecimento global. "Com o crescimento da população mundial, da economia e do consumo, além da capacidade da Terra de adaptar-se, as mudanças climáticas poderão se tornar mais extremas e catastróficas", diz o relatório divulgado pelo Fundo Populacional. Medidas como distribuição de preservativos e mais aconselhamento sobre o planejamento familiar ajudaria a diminuir as taxas de nascimento, e conseqüentemente frearia o aquecimento.<br />É interessante ressaltar que, os pobres não são agente causador da pobreza, e sim uma conseqüência dela. Em nenhum momento o Fundo Populacional propôs uma melhor distribuição de renda para ajudar a controlar o aquecimento (e junto com isso a pobreza). Outro aspecto relevante é que não há provas empíricas de que o controle de natalidade conterá as mudanças climáticas, logo isso é apenas uma aposta, e mesmo assim já foi colocada em um pronunciamento oficial do órgão. </div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-48665578176809494532010-04-23T18:38:00.000-07:002010-04-23T18:43:43.589-07:00Gegografia no Xama pré-vestibular<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-FRAPnhgYB3WNe6zMHkIT-mWsvP_fQduJn7V2H3Ncn3e5K8EcUGlSQnMcIfFWNDBvFiDTUtD-_FA-pbJCfEUjd9I4WRLGyWMt3dl_maJR2vRwN74jUZqSZQIr0gRKzXQyyE7Vt8Qlw/s1600/Mafalda.jpg"><img style="MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 198px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5463513640310534594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-FRAPnhgYB3WNe6zMHkIT-mWsvP_fQduJn7V2H3Ncn3e5K8EcUGlSQnMcIfFWNDBvFiDTUtD-_FA-pbJCfEUjd9I4WRLGyWMt3dl_maJR2vRwN74jUZqSZQIr0gRKzXQyyE7Vt8Qlw/s200/Mafalda.jpg" /></a><br /><div>Buenas gurizada...</div><br /><div>Na próxima semana iniciamos os trabalhos!</div><br /><div>Geografia Bohreana todas as segundas (segundo e terceiro períodos) pela noite (não é mais quinta!). </div><br /><div>Ficarei com a parte humana da geo e a Profa. Limara com a física.</div><br /><div>é só chegar!</div><br /><div>Abraços </div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-35395008884215193232010-03-21T06:30:00.000-07:002010-03-21T06:33:20.247-07:00Os fariseus e a dignidade - Emir Sader<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJBO1HUu7P_UFrIkDII5-JhiSjzXXjLS8j2v8nUz3iXY9shb_2D_3UdVT75QmBcIvCCn8Emq-zAKAaFTS_RjLc27h-KapvpXacynnolJPa6o2ssvVmM4zqw7ZCy6ZaqnjwdAm4U4SE3w/s1600-h/OgAAADibZaGMQdrTeOnh8N-sjtxolnYgXBaE4_Qp1Yt1_W8mGMPICKAzT2lDr7DCmXaGbfBZSHFk5A8hr4q_fWIv-qUAm1T1UKLgN6eIADGc1X-4ubZHNJfLB9Tt.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451079643801541746" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 216px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJBO1HUu7P_UFrIkDII5-JhiSjzXXjLS8j2v8nUz3iXY9shb_2D_3UdVT75QmBcIvCCn8Emq-zAKAaFTS_RjLc27h-KapvpXacynnolJPa6o2ssvVmM4zqw7ZCy6ZaqnjwdAm4U4SE3w/s320/OgAAADibZaGMQdrTeOnh8N-sjtxolnYgXBaE4_Qp1Yt1_W8mGMPICKAzT2lDr7DCmXaGbfBZSHFk5A8hr4q_fWIv-qUAm1T1UKLgN6eIADGc1X-4ubZHNJfLB9Tt.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">O que sabem os leitores dos diários brasileiros sobre Cuba? O que sabem os telespectadores brasileiros sobre Cuba? O que sabem os ouvintes de rádio brasileiros sobre Cuba? O que saberia o povo brasileiro sobre Cuba, se dependesse da mídia brasileira?<br />O que mais os jornalistas da imprensa mercantil adoram é concordar com seus patrões. Podem exorbitar na linguagem, para badalar os que pagam seu salários. Sabem que atacar ao PT é o que mais agrada a seus patrões, porque é quem mais os perturba e os afeta. Vale até dar espaco para qualquer mercenário publicar calúnias contra o Lula, para, depois jogá-lo de volta na lata do lixo.<br />No circo dessa imprensa recentemente realizado em São Paulo, os relatos dizem que os donos das empresas – Frias, Marinhos – tinham intervenções mais discretas, – ninguem duvida das suas posiçõoes de ultra-direita -, mas seus empregados se exibiam competindo sobre quem fazia a declaração mais extremista, mais retumbante, sabendo que seriam recolhidas pela mídia, mas sobretudo buscando sorrisinho no rosto dos patrões e, quem sabe, uns zerinhos a mais no contracheque no fim do mês.<br />Quem foi informado pela imprensa que há quase 50 anos Cuba já terminou com o analfabetismo, que mais recentemente, com a participação direta dos seus educadores, o analfabetismo foi erradicado na Venezuela, na Bolívia e no Equador? Que empresa jornalística noiticiou? Quais mandaram repórteres para saber como países pobres ou menos desenvolvidos conseguiram o que mais desenvolvidos como os EUA ou mesmo o Brasil, a Argentina, o México, náo conseguiram?<br />Mandaram repórteres saber como funciona naquela ilha do Caribe, pouco desenvolvida economicamente, o sistema educacional e de saúde universal e gratuito para todos? Se perguntaram sobre a comparação feita por Michael Moore no seu filme "Sicko" sobre os sistemas de saúde – em particular o brutalmente mercantilizado dos EUA e o público e gratuito de Cuba?<br />Essas empresas privadas da mídia fizeram reportagens sobre a Escola Latinoamericana de Medicina que, em Cuba, já formou mais de cinco gerações de médicos de todos os países da América Latina e inclusive dos EUA, gratuitamente, na melhor medicina social do mundo? Foi despertada a curiosidade de algum jornalista, econômico, educativo ou não, sobre o fato de que Cuba, passando por grandes dificuldades econômicas – como suas empresas não deixam de noticiar – não fechou nenhuma vaga nem nas suas escolas tradicionais, nem na Escola Latinoamericana de Medicina, nem fechou nenhum leito em hospitais?<br />Se dependesse dessas empresas, se trataria de um regime “decrépito”, governado por dois irmãos há mais de 50 anos, um verdadeiro “goulag tropical”, uma ilha transformada em prisão.<br />Alguém tentou explicar como é possivel conviver esse tipo de sociedade igualitária com a base naval de Guantánamo? Se noticiam regularmente as barbaridades que ocorrem lá, onde presos sob simples suspeita, são interrogados e torturados – conforme tantas testemunhas que a imprensa se nega em publicar – em condições fora de qualquer jurisdição internacional?<br />Noticiam que, como disse Raul Castro, sim, se tortura naquela ilha, se prende, se julga e se condena da forma mais arbitrária possível, detidos em masmorras, como animais, mas isso se passa sob responsabilidade norteamericana, desse mesmo governo que protesta por uma greve de fome de uma pessoa que – apesar da ignorância de cronistas da família Frias – não é um preso, mas está livre, na sua casa?<br />Perguntam-se por que a maior potência imperial do mundo, derrotada por essa pequena ilha, ainda hoje tem um pedaco do seu territorio? Escandalizam-se, dizendo que se “passou dos limites”, quando constatam que isso se dá há mais de um século, sob os olhos complacentes da “comunidade internacional”, modelo de “civilização”, agentes do colonialismo, da escravidão, da pirataria, do imperialismo, das duas grandes guerras mundiais, do fascismo?<br />Comparam a “indignação” atual dos jornais dos seus patrões com o que disseram ou calaram sobre Abu-Graieb? Sobre os “falsos positivos” (sabem do que se trata?) na Colômbia? Sobre a invasao e os massacres no Panamá, por tropas norteamericanas, que sequestraram e levaram para ser julgado em Miami seu ex-aliado e então presidente eleito do país, Noriega, cujos 30 anos foram completamente desconhecidos pela imprensa? Falam do muro que os EUA construíram na fronteira com o México, onde morre todos os anos mais gente do que em todo tempo de existência do muro de Berlim? A ocupação brutal da Palestina, o cerco que ainda segue a Gaza, é tema de seus espacos jornalisticos ou melhor calar para que os cada vez menos leitores, telespectadores e ouvintes possam se recordar do que realmente é barbarie, mas que cometida pela “civilizada” Israel – que ademais conta com empresas que anunciam regularmente nos orgãos dessas empresas – deve ser escondida? Que protestos fizeram os empregados da empresa que emprestou seus carros para que atuassem os servicos repressivos da ditadura, disfarçaados de jornalistas, para sequestrar, torturar, fuzilar e fazer opositores desaparecerem? Disseram que isso “passou de todos os limites” ou ficaram calados, para não perder seus empregos?<br />Mas morreu um preso em Cuba. Que horror! Que oportunidade para bajular os seus patrões, mostrando indignação contra um país de esquerda! Que bom poder reafirmar diante deles que se se foi algum dia de esquerda, foi um resfriado, pego por más convivências, em lugares que não frequentam mais; já estão curados, vacinados, nunca mais pegarão esse vírus. (Um empregado da família Frias, casado com uma tucana, orgulha-se de ter ido a todos os Foruns Econômicos de Davos e a nenhum Fórum Social Mundial. Ali pôde conhecer ricaços e entrevistá-los, antes que estivessem envoldidos em escândalos, quebrassem ou fossem para a prisão. Cada um tem seu gosto, mas não dá para posar como “progressista”, escolhendo Davos a Porto Alegre.)<br />Não conhecem Cuba, promovem a mentira do silêncio, para poder difamar Cuba. Não dizem o que era na época da ditadura de Batista e em que se transformou hoje. Não dizem que os problemas que têm a ilha é porque não quer fazer o que fez o darling dessa midia, FHC, impondo duro ajuste fiscal para equilibrar as finanças públicas, privatizando, favorecendo o grande capital, financeirizando a economia e o Estado. Cuba busca manter os direitos universais a toda sua população, para o que trata de desenvolver um modelo econômico que não faça com que o povo pague as dificuldades da economia. Mentem silenciando sobre o fato de que, em Cuba, não há ninguem abandonado nas ruas, de que todos podem contar com o apoio do Estado cubano, um Estado que nunca se rendeu ao FMI.<br />Cuba é a sociedade mais igualitária do mundo, a mais solidária, um país soberano, assediado pelo mais longo bloqueio que a história conheceu, de quase 50 anos, pela maior potência econômica e militar da história. Cuba é vítima privilegiada da imprensa saudosa do Bush, porque se é possivel uma sociedade igualitária, solidária, mesmo que pobre, que maior acusação pode haver contra a sociedade do egoísmo, do consumismo, da mercantilizacao, em que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra?<br />Como disse Celso Amorim, o Ministro de Relações Exteriores do Brasil: os que querem contribuir a resolver a situação de Cuba tem uma fórmula muito simples – terminem com o bloqueio contra a ilha. Terminem com Guantanamo como base de terrorismo internacional, terminem com o bloqueio informativo, dêem aos cubanos o mesmo direito que dão diariamente aos opositores ao regime – o do expor o que pensam. Relatem as verdades de Cuba no lugar das mentiras, do silêncio e da covardia.<br />Diante de situações como essa, a razão e a atualidade de José Martí:<br /><em>“Há de haver no mundo certa quantidade de decoro,como há de haver certa quantidade de luz.Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outrosque têm em si o decoro de muitos homens.Estes são os que se rebelam com força terrívelcontra os que roubam aos povos sua liberdade,que é roubar-lhes seu decoro.Nesses homens vão milhares de homens,vai um povo inteiro,vai a dignidade humana…</em></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-84129351668028542522009-11-06T11:11:00.000-08:002009-11-06T11:17:19.294-08:00Rio Grande do Sul tem menor mortalidade infantil<div>O IBGE divulgou essa semana que o estado do Rio Grande do Sul tem o menor índice de mortalidade infantil do Brasil. O estado conta com 13,1 de mortos para cada mil nascidos vivos, seguido de São Paulo (15) e Santa Catarina (15,1).</div><p align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw6fREHn0cOHrf6taE-Y_zZhV0TCW_3pZd6_-xEywjr6UcBH5c45Jb4z92amEE3vAHkIgxRwhEsJ_WMgVtrt4VV7Vek8e1GPh-2iotIcpw7vUcXmSPo1-GYA5P8D-ZPmqRc6v-yuY0og/s1600-h/mortalidade_infantil_4.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5401071771054448562" style="WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 231px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw6fREHn0cOHrf6taE-Y_zZhV0TCW_3pZd6_-xEywjr6UcBH5c45Jb4z92amEE3vAHkIgxRwhEsJ_WMgVtrt4VV7Vek8e1GPh-2iotIcpw7vUcXmSPo1-GYA5P8D-ZPmqRc6v-yuY0og/s400/mortalidade_infantil_4.jpg" border="0" /></a></p>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-19774627924241840522009-10-27T15:15:00.000-07:002009-10-27T15:25:42.429-07:00Xama pré-vestibular popular<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPM_2lLo5sHZTYh6y3YTRJ24oNl5uOkLHs2979isfH8vzevA5-qg2NKFpFYxZsCWJio06-FUjnRfTMyP3Bm1lOWcsTYZIwTsn9CVca4fmWnRNb32sae8Ih_SOKaUxkMYp_xw-fNQMsWg/s1600-h/globe2.png"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397408447440957890" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 135px; CURSOR: hand; HEIGHT: 144px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPM_2lLo5sHZTYh6y3YTRJ24oNl5uOkLHs2979isfH8vzevA5-qg2NKFpFYxZsCWJio06-FUjnRfTMyP3Bm1lOWcsTYZIwTsn9CVca4fmWnRNb32sae8Ih_SOKaUxkMYp_xw-fNQMsWg/s320/globe2.png" border="0" /></a><br /><div>Geografia Bohreana nesta quinta 29/out. </div><br /><div>Assunto: Rio Grande do Sul (baita chão!)</div><br /><div>p.s: gurias, levem mate, café e doces!</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-73448120106083684182009-10-27T15:11:00.000-07:002009-10-27T15:15:52.916-07:00Agricultura familiar ocupava 84,4% dos estabelecimentos agropecuários<div align="justify">No Censo Agropecuário de 2006 foram identificados 4.367.902 estabelecimentos de agricultura familiar. Eles representavam 84,4% do total, mas ocupavam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Já os estabelecimentos não familiares representavam 15,6% do total e ocupavam 75,7% da sua área.<br />Dos 80,25 milhões de hectares da agricultura familiar, 45% eram destinados a pastagens, 28% a florestas e 22% a lavouras. Ainda assim, a agricultura familiar mostrou seu peso na cesta básica do brasileiro, pois era responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos. A seguir, as principais informações sobre a agricultura familiar no Censo Agropecuário 2006.<br />Conceito de “agricultura familiar” é definido por lei<br />Para ser classificado como agricultura familiar no Censo Agropecuário (e segundo a Lei nº 11.326), o estabelecimento precisava atender simultaneamente às condições detalhadas na publicação Agricultura familiar – Primeiros Resultados (páginas 14 a 18). Os estabelecimentos não enquadrados nesses parâmetros foram designados como “não familiares”1.<br />O mais freqüente é que uma família esteja associada a apenas um estabelecimento agropecuário, mas existem exceções. Assim, ao considerar cada estabelecimento como uma unidade familiar, o Censo Agro 2006 pode conter pequena superestimação. Mas esta variação não seria muito significativa, pois, segundo a PNAD 2007, produtores com mais de uma área de empreendimento representavam apenas 0,8% do total.<br />84,4% dos estabelecimentos agropecuários eram de agricultura familiar<br />No Censo Agropecuário de 2006 foram identificados 4.367.902 estabelecimentos da agricultura familiar, ou 84,4% do total, ocupando 80,25 milhões de hectares, ou seja, 24,3% da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Já os estabelecimentos não familiares representavam 15,6% do total dos estabelecimentos, mas ocupavam 75,7% da sua área.<br />A concentração também é mostrada comparando-se a área média dos estabelecimentos familiares (18,37 há) com a dos não familiares (309,18 há).<br />Dos 80,25 milhões de hectares da agricultura familiar, 45% eram destinados a pastagens (Tabela 1.1), 28% com matas, florestas ou sistemas agroflorestais e, por fim, 22% com lavouras. A agricultura não familiar também seguia esta ordem, mas a participação de pastagens e matas e/ou florestas era um pouco maior (49% e 28% respectivamente), enquanto que área para lavouras era menor (17%).<br />Destaca-se a participação da área das matas destinadas à preservação permanente ou reserva legal e de áreas utilizadas com matas e/ou florestas naturais: em média, 10% e 13%, respectivamente, nos estabelecimentos familiares.<br />Grande parte da cesta básica vem da agricultura familiar<br />Apesar de cultivar uma área menor com lavouras e pastagens (17,7 e 36,4 milhões de hectares, respectivamente), a agricultura familiar é responsável por garantir boa parte da segurança alimentar do país, como importante fornecedora de alimentos para o mercado interno.<br />Em 2006, a agricultura familiar era responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café (parcela constituída por 55% do tipo robusta ou conilon e 34% do arábica), 34% do arroz, 58% do leite (composta por 58% do leite de vaca e 67% do leite de cabra), 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%).<br />37% dos parentes do produtor que trabalhavam na agricultura familiar eram analfabetos<br />As informações sobre educação na agricultura familiar revelam avanços, mas também desafios: entre os 11 milhões de pessoas da agricultura familiar e com laços de parentesco com o produtor, quase 7 milhões (63%) sabiam ler e escrever. Mas por outro lado, existiam pouco mais de 4 milhões de pessoas (37%) que declararam não saber ler e escrever, principalmente de pessoas de 14 anos ou mais de idade (3,6 milhões de pessoas). Este tema ainda é um grande desafio, e merecerá uma análise mais detalhada no futuro.<br />Ainda relacionado com o grau de escolaridade e qualificação da mão de obra, impressiona o baixo número de pessoas que declarou possuir qualificação profissional: apenas 170 mil pessoas na agricultura familiar, e 116 mil pessoas na não familiar.<br />Agricultura familiar gera um terço da receita dos estabelecimentos agropecuários do país<br />A agricultura familiar respondia por 1/3 das receitas dos estabelecimentos agropecuários brasileiros (Tabela 1.8). Esta participação menor nas receitas em parte é explicada porque apenas três milhões (69%) dos produtores familiares declararam ter obtido alguma receita no seu estabelecimento durante o ano de 2006, ou seja, quase 1/3 da agricultura familiar declarou não ter obtido receita naquele ano.<br />Os três milhões de agricultores familiares com alguma receita de vendas dos produtos dos estabelecimentos tinham receita média de R$ 13,6 mil, especialmente com a venda de produtos vegetais, que representavam mais de 67,5% das receitas obtidas. A segunda principal fonte de receita da agricultura familiar eram as vendas de animais e seus produtos (21%). Entre as demais receitas se destacavam a “prestação de serviço para empresa integradora” e de ”produtos da agroindústria” familiar.<br />Trabalhavam na agricultura familiar 74,4% dos ocupados em estabelecimentos agropecuários<br />O Censo Agropecuário registrou 12,3 milhões de pessoas trabalhando na agricultura familiar (74,4% do pessoal ocupado no total dos estabelecimentos agropecuários) (Tabela 1.6), com uma média de 2,6 pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas. Os estabelecimentos não familiares ocupavam 4,2 milhões de pessoas, o que corresponde a 25,6% da mão de obra ocupada.<br />Entre as pessoas da agricultura familiar, a maioria eram homens (2/3), mas o número de mulheres ocupadas também era expressivo: 4,1 milhões de mulheres (1/3 dos ocupados).<br />13,7% dos estabelecimentos familiares eram dirigidos por mulheres<br />Pouco mais de 600 mil estabelecimentos familiares (13,7%) eram dirigidos por mulheres, enquanto que na agricultura não familiar esta participação não chagava a 7%.<br />Pessoas que estavam há 10 anos ou mais na direção dos estabelecimentos eram 62% dos que conduziam a atividade produtiva da agricultura familiar (Tabela 1.4). Os estabelecimentos dirigidos por pessoas com menos de 5 anos de experiência representam apenas 20% da agricultura familiar.<br />74,7% dos agricultores familiares eram proprietários e 5,6% eram produtores sem área<br />Entre os 4,3 milhões de estabelecimentos de agricultores familiares, 3,2 milhões de produtores eram proprietários (Tabela 1.3), representando 74,7% dos estabelecimentos familiares e 87,7% de sua área. Outros 170 mil produtores se declararam na condição de “assentado sem titulação definitiva”. Entretanto, 691 mil produtores tinham acesso temporário ou precário às terras, seja como arrendatários (196 mil), parceiros (126 mil) ou ocupantes (368 mil). Os estabelecimentos menos extensos eram os de parceiros, que contabilizaram uma área média de 5,59 ha.<br />O Censo Agropecuário 2006 identificou 255 mil produtores sem área (extrativistas, produtores de mel ou produtores que já tinham encerrado sua produção em áreas temporárias2) e 95% deles (242 mil) eram de agricultores familiares, o que equivale a 5,6% total destes agricultores.<br />Agricultura familiar gerou 38% do valor total da produção dos estabelecimentos<br />Cerca de 3,9 milhões de estabelecimentos familiares declararam algum valor de produção, cujo total atingiu R$ 143,8 bilhões em 2006 (Tabela 1.10). A agricultura familiar foi responsável por 38% (ou R$ 54,4 bilhões) desse total. A produção vegetal gerou 72% do valor da produção da agricultura familiar, especialmente com as lavouras temporárias (42% do valor da produção) e permanentes (19%). Em segundo lugar vinha a atividade animal (25%), especialmente com animais de grande porte (14%).<br />O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil. A criação de aves tinha o menor valor médio (R$ 1,56 mil), e a floricultura o maior (R$ 17,56 mil).<br />A agricultura não familiar apresentou o maior valor de produção na maioria das atividades, mas era majoritária em algumas delas: deteve 56% do valor da produção de animais de grande porte, 57% do valor agregado na agroindústria, 63% na horticultura e 80% na extração vegetal no país.<br />______________________<br />1 Entre os estabelecimentos que não se enquadram na Lei 11.326 estão os pequenos e médios, quer pelo limite de área quer pelo limite de renda, e também as terras públicas. A melhor identificação destes grupos será um dos temas da agenda futura de trabalho.<br />2 Manual do Recenseador, IBGE, 2007, p.25: “Também foram consideradas unidades de produção as não situadas em determinada terra, como produtores de mel, produtores em leitos de rio na época da vazante, produtores em faixa de proteção ou acostamento de estradas, produtores de carvão vegetal que possuem os fornos e trabalham adquirindo lenha de terceiros, produtores em área de águas públicas para exploração da aquicultura e atividades de extração, coleta ou apanha de produtos que são extraídos de matas naturais”.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><strong>BAITA PEDIDA PARA FEDERAL!</strong><br /><div align="justify"></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-70435835361581151422009-10-15T13:24:00.000-07:002009-10-15T13:40:44.392-07:00Há 1 bilhão de famintos no mundo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs58K6TIGDdBMU3et_Z6uDgRhQu8a4R_jgcArnW4iLiqirrdJ79H9buf3PWBcYuS8ePlsnou5HS0rYOJ69hEj9maIaiISPhnrDw9I05iLOXFC3q9cAdKCJfOedhPqgKmvCYcdRUpG91Q/s1600-h/fome.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392929446192424658" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 186px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs58K6TIGDdBMU3et_Z6uDgRhQu8a4R_jgcArnW4iLiqirrdJ79H9buf3PWBcYuS8ePlsnou5HS0rYOJ69hEj9maIaiISPhnrDw9I05iLOXFC3q9cAdKCJfOedhPqgKmvCYcdRUpG91Q/s320/fome.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Bueno, falei em aula que estávamos chegando a quase 1 bilhão de famintos no mundo (não esquecendo que tem "bóia" para 9,5 bi!), entretanto a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afimou ontem (14/10) que o número de famintos no mundo chegou a um bilhão, o que corresponde a um sexto da população mundial. Na África Subsaariana, há 265 milhões. A queda nas doações, o menor investimento na agricultura e a crise econômica contribuiriam para o agravamento do quadro. </div><br /><div align="justify">Após avanços no combate a fome nos anos 1980 e 1990, o número de desnutridos voltou a crescer em 1995. Conforme o relatório da FAO, a menos que a situação seja revertida , a meta internacional de reduzir em 50% o número de famintos até 2015 não será cumprida.</div><br /><div></div><br /><div></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-10530193045165278972009-10-15T13:23:00.000-07:002009-10-15T13:24:24.139-07:00Balanço Energético IIMas o eixo está inclinado 23.5 graus – consequentemente, durante uma parte da órbita ao redor do Sol, o Pólo Norte estará inclinado 23.5 em direção ao Sol e terá a luz solar 24 horas por dia. Por que isso é importante?<br /> A quantidade de radiação solar em latitudes polares varia enormemente durante o ano. Durante o verão, as regiões polares recebem muito mais energia do que os trópicos, enquanto que no inverno praticamente não recebem nada. Enquanto isso, os trópicos recebem constantemente a radiação solar no decorrer do ano (com pequenas variações sazonais).<br /> Como resultado, em um inverno hemisférico, a diferença da radiação solar entre o equador e o pólo é muito grande – uma situação perfeita para dar início à circulação atmosférica.<br /> Essa diferença de energia conduz à formação de um sistema de tormentas de médias latitudes quando o calor se move das zonas fontes do equador para as zonas de déficits das regiões polares.<br /> Em contraste, o verão tem aquecimento similar no equador e nos pólos, por isso as tormentas das latitudes médias perdem sua fonte de energia. As tempestades de verão tendem a ser pequenas e de escala local.<br /> O aquecimento da Terra e de sua atmosfera produz um padrão de circulação atmosférica, e até mesmo as estações. A diferença de aquecimento solar entre o dia e a noite também produz um intenso ciclo diário de temperaturas superficiais.<br /> Por que a Terra não é mais quente?<br /> Dualidade dos fluxos de radiação – Ao mesmo tempo em que a energia solar aquece o planeta (a luz que se vê), outra radiação está sendo emitida em ondas longa, chamada radiação infravermelha termal (radiação que não se vê).<br /><br /> A energia não permanece no ambiente terrestre permanentemente, senão a Terra se aqueceria indefinidamente. As rochas, o ar e os mares aquecidos emitem radiação termal.<br /> Muita dessa radiação termal, que se encontra principalmente na forma de energia de onda longa (infravermelho), viaja diretamente para o espaço, permitindo que a Terra se esfrie.<br /> Tal radiação é invisível aos olhos humanos, mas nossas mãos podem sentir a radiação por meio do fogo ou de um motor.Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-23803623901371433062009-09-13T17:10:00.000-07:002009-09-13T17:18:42.722-07:00Orientação Espacial<div><div><strong>Sistema de Orientação no Espaço Geográfico:<br /></strong>Observando o movimento aparente do sol, conseguimos encontrar os pontos de referência com aproximação aceitável, pois os pontos cardeais são determinados com base nesse movimento.<br />O nascer ocorre sempre do mesmo lado - é o leste – embora o lugar exato varie no decorrer do ano.<br />O lugar aonde o sol se põe é o oeste. Tendo essa orientação Leste-Oeste conseguimos determinar as demais. Para isso, basta usarmos a Rosa-dos-ventos.<br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1OYsJAv4NhdxEzftD7o_B8iRh0yuN6memgsMGIMEcJkEyBc8wE9XblGRA421-sumPSj8IbnJG6xYMlF6iN2LIsjOLmtRM1QXvWZ8Ti9jyCzJ7ZNhmEILztnzwAYnafsWBuO7RHcT06Q/s1600-h/image+02+(Leste-Oeste).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381109875226231650" style="WIDTH: 352px; CURSOR: hand; HEIGHT: 128px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1OYsJAv4NhdxEzftD7o_B8iRh0yuN6memgsMGIMEcJkEyBc8wE9XblGRA421-sumPSj8IbnJG6xYMlF6iN2LIsjOLmtRM1QXvWZ8Ti9jyCzJ7ZNhmEILztnzwAYnafsWBuO7RHcT06Q/s320/image+02+(Leste-Oeste).jpg" border="0" /></a></div><div> </div><div><span style="font-size:130%;color:#000000;"><strong>Rosa dos Ventos<br /></strong></span>Os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais formam uma figura chamada Rosa-dos-ventos, fundamental para indicar corretamente as direções de deslocamentos.<br /><strong>Pontos Cardeais:<br /></strong>#Norte (N);<br />#Sul (S);<br />#Leste (L);<br />#Oeste (O).<br /><br /><strong>Pontos Colaterais:</strong><br /># Nordeste (NE) - entre o Norte e o Leste;<br />#Noroeste (NO) - entre o Norte e o Oeste;<br />#Sudeste (SE) - entre o Sul e o Leste;<br />#Sudoeste (SO) – entre o Sul e o Oeste.<br /><br /><strong>Pontos Subcolaterais:</strong><br />#Norte-Nordeste (NNE);<br />#Norte-Noroeste (NNO);<br />#Sul-Sudeste (SSE);<br />#Sul-Sudoeste (SSO);<br />#Leste-Nordeste (LNE);</div><div> #Leste-Sudeste (LSE);<br />#Oeste-Noroeste (ONO);<br />#Oeste-Sudoeste (OSO).<br /></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ93tYNx-aPyys9IPdCZwAGoFoz7TJrNyrn3LVYy5cnnG3U9pZiq5RX_b4sZ9P6cga7ALIXfFdcS6OhXKvMhFFUVHhY-f1LwwdzX-0TQyycHJVCZRyKY8KUL_syiGbYF3L15unoikhiA/s1600-h/image+01+(rosa-dos-ventos).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381109783241623458" style="WIDTH: 241px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ93tYNx-aPyys9IPdCZwAGoFoz7TJrNyrn3LVYy5cnnG3U9pZiq5RX_b4sZ9P6cga7ALIXfFdcS6OhXKvMhFFUVHhY-f1LwwdzX-0TQyycHJVCZRyKY8KUL_syiGbYF3L15unoikhiA/s320/image+01+(rosa-dos-ventos).jpg" border="0" /></a><br />***Os pontos cardeais podem receber outras denominações:<br />#Norte: Setentrional e Boreal. (N)<br /><br />#Sul: Meridional e Austral. (S)<br /><br />#Leste: Oriente, nascente (E).<br /><br />#Oeste: Ocidente, poente (W).<br /><br /><br /><br /></div></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-83855620600138966612009-08-29T11:27:00.000-07:002009-08-29T11:34:16.194-07:00Tempo X Clima<p><br /># Tempo é o estado médio da atmosfera, em um dado intervalo de tempo e em um dado lugar. Trata de eventos específicos. <br />A Meteorologia, pela aplicação da física clássica e da matemática, estuda o estado físico, químico e dinâmico da atmosfera e as interações entre este e a superfície terrestre, ou seja, estuda o tempo meteorológico. </p><p>Exemplos: <br />“No dia do jogo, o céu estará de claro a parcialmente nublado.” </p><p>“Formação de geadas nos próximos dias, no RS. ” </p><p><br /># Clima são as características da atmosfera inferidas de observações contínuas durante um longo período (30 anos), em um determinado lugar. Médias, condições extremas e probabilidades de freqüência de ocorrência de determinadas condições do tempo. Trata, portanto, de generalizações.<br />A Climatologia, pelo uso da estatística, estuda os parâmetros meteorológicos e suas inter-relações, através de valores médios, freqüências, variações e distribuição geográfica, ou seja, o clima.</p><p>Exemplos:<br />“Temperatura média do mês de junho é a mais alta dos últimos cinco anos”</p><p> “Um novo El Niño deverá manifestar-se em 2002” </p><p> </p><p>Gurizada do Xama pré-vestibular, coloco algo de populção na próxima!</p><p> </p>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-5984954433755767192009-08-19T17:31:00.001-07:002009-08-19T17:32:16.444-07:00Ué...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomcDQ0jgFwVTyUtdfuuhLhePSPm-yPEoLIsU1vHm38Sd7_A7V5kqsqUHBHTMdHzJVWQ1vSp1T3ExyG86-RQRwSnbd8FGe2qL2B7Kb7Ad3U_5NvUc3KfR6ZvS9cH5psQgj3J0N3NhnqA/s1600-h/charge-silhueta_congresso%5B1%5D.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5371837196456299874" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiomcDQ0jgFwVTyUtdfuuhLhePSPm-yPEoLIsU1vHm38Sd7_A7V5kqsqUHBHTMdHzJVWQ1vSp1T3ExyG86-RQRwSnbd8FGe2qL2B7Kb7Ad3U_5NvUc3KfR6ZvS9cH5psQgj3J0N3NhnqA/s400/charge-silhueta_congresso%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-5244074965771373842009-08-15T16:13:00.000-07:002009-08-15T16:37:01.687-07:00PrantoAndo perdido,<br />perdido num pranto<br />Um pranto profundo,<br />um pranto só meu<br /><br />Que por conta da güaina,<br />que me deu esperança<br />Que dizia que o sonho<br />nunca iria acabar<br /><br />Mas no fundo mesmo<br />ELA só queria era ver,<br />ELA queria ver o meu pranto rolar...<br /><br />...(e o meu pranto rolou)Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-77085974103614706782009-08-15T15:50:00.000-07:002009-08-15T15:53:53.500-07:00Balanço Energético - I#O aquecimento global começa com o Sol. Exceto pelas flutuações relativamente pequenas, devido às atividades solares, a quantidade de radiação do Sol que alcança a Terra tem sido constante ano a ano e século a século.<br /> #Se alguém pudesse viajar para as camadas mais externas da atmosfera e mantivesse uma superfície plana perpendicularmente aos raios solares por muitos anos e durante as horas do dia, seria descoberto que cerca de 1.368 Watts/m-2 são recebidos na alta atmosfera.<br /> #Nem toda a energia é absorvida pela Terra. Cerca de 30% do total da energia solar que atingem são refletidos de volta ao espaço pelas nuvens, aerossóis atmosféricos, superfícies refletoras e até mesmo as ondas no oceano.<br /> #Os 70% restante são absorvidos pela terra, ar e oceanos. A radiação absorvida é principalmente na forma de radiação ultravioleta, radiação visível, e radiação infravermelho-próximo.<br /> #Absorção da energia solar aquece a superfície do planeta e a atmosfera e faz da vida na Terra possível.<br /> #A maior parte da energia solar é depositada nas regiões tropicais. Isso é porque a inclinação do eixo rotacional da Terra é quase perpendicular ao plano da eclíptica.<br /> #As latitudes polares recebem em média menos energia do que a região do equador.<br /> #Se a inclinação do eixo terrestre fosse exatamente perpendicular ao plano da órbita ao redor do Sol, não haveria as diferentes estações do ano.<br /> #O clima em Janeiro seria o mesmo de Abril ou de Julho por toda a Terra.<br /><br /><a href="http://earthobservatory.nasa.gov/">http://earthobservatory.nasa.gov</a>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-83436784954994818752009-08-07T11:52:00.000-07:002009-08-07T11:54:27.373-07:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRscEA0kmWKbFDkgBKeMrQNjxDNfojgmuV_eIo0pfrTuINGu2hLi_Wt_RZZ_BJKkSfk6sMRofUCB6Y8vJrg35YRVcTmGs4K_okSeFvkIohd8ggY8iGrJIB8yoebpEyS250B-KsP8_rZA/s1600-h/pablo_neruda.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5367297134479862898" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 162px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRscEA0kmWKbFDkgBKeMrQNjxDNfojgmuV_eIo0pfrTuINGu2hLi_Wt_RZZ_BJKkSfk6sMRofUCB6Y8vJrg35YRVcTmGs4K_okSeFvkIohd8ggY8iGrJIB8yoebpEyS250B-KsP8_rZA/s200/pablo_neruda.gif" border="0" /></a><br /><div>TALVEZ não ser é ser sem que tu sejas,<br />sem que vás cortando o meio-dia<br />como uma flor azul, sem que caminhes<br />mais tarde pela névoa e pelos ladrilhos<br /></div><br /><div>sem essa luz que levas na mão<br />que talvez outros não verão dourada,<br />que talvez ninguém soube que crescia<br />como a origem rubra da rosa,<br /><br />sem que sejas, enfim, sem que viesses<br />brusca, incitante, conhecer a minha vida,<br />aragem de roseira, trigo do vento,<br /><br />e desde então sou porque tu és<br />e desde então és, sou e somos<br />e por amor serei, serás, seremos. </div><br /><div>Pablo Neruda</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-29778052353977012522009-08-05T07:33:00.000-07:002009-08-05T08:15:02.083-07:00Quadro da Geografia da França (Paul Vidal de La Blache)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGCu8duN4ucqYVee2qCh3BHjDHTqPTD39d245suzmBRRm5frpbozB57MjIsJ9VkH7tJIpCy57jtoUvUcsaHjWvE5akSUi-t2apI5DWq2VsqAB6x3HS8Ge18_IrLUh9j8wp7G-3vpi56g/s1600-h/Paul+Vidal+de+La+Blache.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366497552178345602" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 150px; CURSOR: hand; HEIGHT: 194px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGCu8duN4ucqYVee2qCh3BHjDHTqPTD39d245suzmBRRm5frpbozB57MjIsJ9VkH7tJIpCy57jtoUvUcsaHjWvE5akSUi-t2apI5DWq2VsqAB6x3HS8Ge18_IrLUh9j8wp7G-3vpi56g/s320/Paul+Vidal+de+La+Blache.jpg" border="0" /></a><br /><div>O seu conceito de Gênero de Vida é sempre abordando nos textos de Paul Vidal de La Blache, quando cita que “A história de um povo é inseparável da área que ele habita”, ou seja, a construção desse espaço vai depender tanto dos aspectos físicos, quanto dos humanos. É nítida também a influência história que a relação do homem com o meio vai sofrer.<br />Segundo La Blache, existe um forte co-relação entre o homem e o solo, e na França isso não é diferente. O autor salienta que nesse país, as marcas de um caráter original de antigüidade e de continuidade foram fundamentais para esse processo de identificação regional. Desde muito cedo os estabelecimentos humanos parecem ter adquirido ali a fixidez; os seres humanos ali se detiveram porque encontraram, juntamente com os meios de subsistência, os materiais de suas construções e de suas indústrias. Assim, durante longos séculos ele levou uma vida local, que esteve diretamente ligada com os sumos da terra. Essa adaptação (exploração!) se desenvolveu graças aos hábitos transmitidos e mantidos sobre os lugares em que eles haviam nascidos (influência histórica e social = Gênero de Vida).<br />Para se entender se a França constitui um ser geográfico ou não, o autor diz que é necessário analisar, primeiramente, quais foram nesse país as relações presente entre o homem e o meio. “É preciso partir da idéia de que uma área (“contrée”) é um reservatório onde dormem energias das quais a natureza depositou o germe, mas cujo emprego depende do homem. É ele que, ao submetê-la ao seu uso, ilumina sua individualidade. Ele estabelece uma conexão entre traços esparsos; os efeitos incoerentes de circunstâncias locais, ele substitui por um concurso sistemático de forças. É então que uma área adquire precisão e se diferencia, tornando-se em sentido amplo como uma medalha esculpida pela efígie de um povo”.<br />Na França, esse estágio de equilíbrio física e humana é atingido muito cedo, antes que a maioria dos demais países. O estado Frances é um destes países que há mais tempo adquiriu sua fisionomia, deixando o estágio rudimentar em seu passado, após dominar os recursos geográficos.<br />“O quadro geográfico não deve se sobrepor à introdução histórica, nem sobre toda a obra da qual ele é o prefácio”. A principal conclusão sobre esse quadro na França pelo autor é que uma área não sobrevive somente por sua vida própria, ela vai sofrer influencias de penetrações externas, ou seja, devemos entender o espaço como algo vivo. E, a medida que sua civilização aumenta, aumenta a relação do local (particular) com o global (geral). “Revoluções econômicas como aquelas que se desdobram nos nossos dias imprimem<br />uma agitação extraordinária à alma humana; elas põem em movimento uma multidão de desejos, de ambições novas; elas inspiram em alguns lamentações, em outros, quimeras. Mas este dilema não deve nos subtrair o fundo das coisas. Quando uma rajada de vento agita violentamente uma superfície de água muito clara, tudo vacila e se mescla; mas, em um determinado momento, a imagem do fundo se desenha outra vez. O estudo atento daquilo que é fixo e permanente nas condições geográficas da França deve ser ou deve tornar-se mais do que nunca o nosso guia”.</div><br /><div></div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-80199960306971884632009-07-29T05:50:00.000-07:002009-07-29T05:52:23.924-07:00Sistemas Agrícolas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUZ_lIi1YkCej1fuIdkrYUbjVytIc9r1kny_olY0bkOwxppaDeXgDnCbyJUkqPeeshdkYiOVQlqUto0rtFQ109RnBK1vF68WhwlJopuXW3H9eNMgk5qRXzyxmyhbbw2ndh5HJ-3qdx-w/s1600-h/imagem+30+(extensivo).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363864108843614386" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 125px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUZ_lIi1YkCej1fuIdkrYUbjVytIc9r1kny_olY0bkOwxppaDeXgDnCbyJUkqPeeshdkYiOVQlqUto0rtFQ109RnBK1vF68WhwlJopuXW3H9eNMgk5qRXzyxmyhbbw2ndh5HJ-3qdx-w/s200/imagem+30+(extensivo).jpg" border="0" /></a><br /><div>“Cerca de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo, a maioria na África e na Ásia. O problema continuará existindo enquanto a tecnologia, o capital e as elevadas produções de alimentos estiverem concentrados em países ricos e bem alimentados. Muito pouco sobrará para a multidão de famintos, excluídos das técnicas, das melhores formas de cultivo, e conseqüentemente, do alimento que os salvará da miséria.”<br />Jacques Diouf - Relatório sobre a fome no mundo 2002 – FAO / ONU</div><br /><div></div><br /><div>Os sistemas agrícolas e a produção pecuárias podem ser classificados como intensivos ou extensivos. Essa noção está ligada ao grau de capitalização e ao índice de produtividade, independentemente do tamanho da área cultivada ou de criação. As propriedades que, através da utilização de modernas técnicas de preparo do solo, cultivo e colheita, apresentam elevados índices de produtividade e consegue explorar a terra por um longo período de tempo, praticam agricultura intensiva. Já as propriedades que se utilizam da agricultura tradicional – aplicação de técnicas rudimentares, apresentando baixo índice de exploração da terra e obtendo, assim, baixos índices de produtividade – praticam agricultura extensiva.<br />Na pecuária, por exemplo, o rendimento é avaliado pelo número de cabeças por hectare. Quanto maior a densidade de cabeças, independentemente do gado estar solto ou confinado, maior a necessidade de ração, de pastos cultivados e de assistência veterinária. Com tudo isso, há um aumento da produtividade e do rendimento, que são características da pecuária intensiva. Quando o gado se alimenta apenas em pastos naturais, a pecuária é considerada extensiva e geralmente apresenta baixa produtividade.<br /><br />· Intensivo:<br />*Principais agentes: capital e trabalho;<br />*Agente secundário: terra;<br />*Alto rendimento por hectare;<br />*Países desenvolvidos.</div><br /><div></div><br /><div>· Extensivo:<br />*Principal agente: terra<br />*Pouca mecanização<br />*Baixo rendimento por hectare*Países subdesenvolvidos</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-50227107096594015172009-07-29T05:38:00.000-07:002009-07-29T05:48:36.991-07:00Deseos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh9KGjxnA33Ii0047ZE8TsCtGWZCNC5ll0rMyEV3B9u3MGQQkIeGbcAkEGOAyXRfp3cDCLDhjX8mQgkCrZE8HAsEXIwsRAJeRGpPv2c_DHGfHgtQLhUXfcH7VLGrstdy6zlwIU8Zzp8A/s1600-h/deseos.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363863089463461682" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 143px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh9KGjxnA33Ii0047ZE8TsCtGWZCNC5ll0rMyEV3B9u3MGQQkIeGbcAkEGOAyXRfp3cDCLDhjX8mQgkCrZE8HAsEXIwsRAJeRGpPv2c_DHGfHgtQLhUXfcH7VLGrstdy6zlwIU8Zzp8A/s200/deseos.jpg" border="0" /></a><br /><div>Desearía que el cielo</div><br /><div>fuera de color amarillo</div><br /><div>y azul la tierra y de color</div><br /><div>naranja el extenso mar.</div><br /><div>Que la sangre fuera verde</div><br /><div>y muy blanca la noche,</div><br /><div>que fuese negra la leche</div><br /><div>y rosas las aceitunas.</div><br /><div></div><br /><div>Quisiera que tus ojos</div><br /><div>estuvieran frente a los míos</div><br /><div>y tus labios en mi boca</div><br /><div>como un ave en su nido.</div><br /><div>Que tu cuerpo me roce</div><br /><div>y me abrace en el frío,</div><br /><div>que me digas "te amo"</div><br /><div>con los dedos del destino.</div><br /><div></div><br /><div>Ojalá pudiera</div><br /><div>acariciarte la cara,</div><br /><div>morder tus orejas</div><br /><div>y lavarte el alma.</div><br /><div>Saborear tu cuello,</div><br /><div>alzar tus pechos,</div><br /><div>asirme a tus piernas</div><br /><div>y comerte el corazón.</div><br /><div></div><br /><div>Desearía tenerte</div><br /><div>a mi lado en silencio</div><br /><div>y hablarte sin palabras</div><br /><div>como en un beso eterno.</div><br /><div>Que tu sonrisa</div><br /><div>me eleve al piso de arriba</div><br /><div>y tus manos me agarren</div><br /><div>y me acerquen tu vida.</div><br /><div>Quisiera que el mar</div><br /><div>fuese duro y de piedra,</div><br /><div>las olas de papel,</div><br /><div>las nubes de plata.</div><br /><div>Que el aire fuera como el agua,</div><br /><div>la tierra gaseosa,</div><br /><div>de cristal las palmeras</div><br /><div>y de oro las gaviotas.</div><br /><div></div><br /><div>Ojalá pudiera</div><br /><div>abrazarte la espalda,</div><br /><div>perderme en tus dedos,</div><br /><div>besarte el espíritu.</div><br /><div>Mecerme en tu pelo,</div><br /><div>navegar en tus ojos,</div><br /><div>anidar en tu cintura</div><br /><div>y morirme en tus dientes.</div><br /><div></div><br /><div>Ojalá pudiera</div><br /><div>acariciarte la cara...</div><br /><div></div><br /><div>Julián Roas </div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-58730592451450058102009-07-29T05:37:00.001-07:002009-07-29T05:38:36.549-07:00A Plantation<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigwN2-kwnX_g5hxZgH6VuM7QLXT9OJTrLIWP6xucKSJLUXK15jkPE_x2i6zA4hx2Nz78QnV-R4tu8v7SBJ4T6ZiluvjZYsxutnVAjbTRcOBWDFoKzTxo42wUwkUKcdwK1SISkE8p_I-g/s1600-h/imagem+54+plantation-slaves.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363860576106326514" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 198px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigwN2-kwnX_g5hxZgH6VuM7QLXT9OJTrLIWP6xucKSJLUXK15jkPE_x2i6zA4hx2Nz78QnV-R4tu8v7SBJ4T6ZiluvjZYsxutnVAjbTRcOBWDFoKzTxo42wUwkUKcdwK1SISkE8p_I-g/s200/imagem+54+plantation-slaves.jpg" border="0" /></a><br /><div>Grande propriedade monocultora, com produção de gêneros tropicais, voltada para a exportação. Forma exploratória típica de países subdesenvolvidos, a plantation foi um sistema agrícola amplamente utilizado durante a colonização européia na América. Nesse período de expansão do capitalismo mercantilista, utilizava-se, em larga escala, a mão-de-obra escrava. Expandiu-se posteriormente para África e sul e Sudeste da Ásia.<br />Atualmente, esse sistema persiste em várias regiões do mundo subdesenvolvido (Brasil, Colômbia, América Central, Gana, Costa do Marfim, Índia, etc.), utilizando além de mão-de-obra assalariada, trabalho semi-escravo, que não envolve pagamento de salário. Trabalha-se em troca de moradia e alimentação. No Brasil, encontramos plantations em vastas porções do território, com destaca para as áreas que cultivam café e cana-de-açúcar, dois dos nossos principais produtos agrícolas de exportação.<br />Ao lado das plantations sempre se instalam pequenas e médias propriedades policulturas, cuja produção alimentar abastece os centros urbanos próximos.<br /><br />RESUMINDO:<br />*Grande propriedade (latifúndio);<br />*Produção voltada para o mercado externo (exportação);<br />*Forma de exploração típica de países subdesenvolvidos;<br />*Mão-de-obra assalariada, semi-escrava ou escrava;<br />*Monocultura.</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-6514670687943310052009-07-20T08:47:00.000-07:002009-07-20T08:49:27.977-07:00As Empresas Agrícolas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9MDraYdIyPkiGPcdZpt0WoEkt31izAEu3uPt8pNHrlBZedYLJSUOg0HFeDMw1JuWHosZl35AkGtDsOOM7H52ihp2v3bR_3Il7IU5P-VjK7cHRx-gg-kFZvn34fTIwdMVK8x9WKpAQ9w/s1600-h/imagem+33+(empresa).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360569924882970274" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 130px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9MDraYdIyPkiGPcdZpt0WoEkt31izAEu3uPt8pNHrlBZedYLJSUOg0HFeDMw1JuWHosZl35AkGtDsOOM7H52ihp2v3bR_3Il7IU5P-VjK7cHRx-gg-kFZvn34fTIwdMVK8x9WKpAQ9w/s200/imagem+33+(empresa).jpg" border="0" /></a><br /><div>São as responsáveis pelo desenvolvimento do sistema agrícola dos países desenvolvidos, com destaque para os Estados Unidos e a União Européia. Nesse sistema, a produção é obtida em médias e grandes propriedades altamente capitalizadas, onde se atingiu o máximo desenvolvimento tecnológico. A produtividade é muito alta em decorrência do selecionamento de sementes, uso intensivo de fertilizantes, elevado grau de mecanização no preparo do solo, no plantio e na colheita, utilização de silos de armazenagem, sistemático acompanhamento de todas as etapas da produção e comercialização por técnicos, engenheiros e administradores. Funciona como uma empresa e sua produção é voltada ao abastecimento tanto para o mercado interno quando do externo. Nas regiões onde se implantou esse sistema agrícola, verifica-se uma tendência à concentração de terras, na medida em que os produtores que não conseguem acompanhar a elevação do níveis de produtividade perdem condições de concorrer no mercado e acabam por vender suas propriedades. È o sistemas agrícola predominante nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, União Européia (com exceção da região mediterrânea) e porção da Argentina e do Brasil (regiões onde se cultivam soja e laranja, por exemplo).<br /><br />RESUMINDO:<br />*Capitalizadas;<br />*Médias/grandes propriedades;<br />*Desenvolvimento tecnológico;<br />*Produtividade muito alta;<br />*Países desenvolvidos;<br />*Produção voltada para o mercado interno e externo;<br />*Funciona como uma empresa.</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-9169821365982020452009-07-19T10:29:00.000-07:002009-07-19T10:44:30.675-07:00Retratos de Maria<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCReEHEAJz1y9009nMPvdW8yPXd7aW9nlopd19AFV5hDFxIgNsxhmQrwbFZXb1-gUkKc2FG_5bHzNA8478jqcs1wkPGt2m-lloJ9OqnZSPJLPbltNwzVkFL-Pz1gFYgmFOzIRhAwdzBA/s1600-h/maria.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360228424619489442" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 181px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCReEHEAJz1y9009nMPvdW8yPXd7aW9nlopd19AFV5hDFxIgNsxhmQrwbFZXb1-gUkKc2FG_5bHzNA8478jqcs1wkPGt2m-lloJ9OqnZSPJLPbltNwzVkFL-Pz1gFYgmFOzIRhAwdzBA/s200/maria.bmp" border="0" /></a><br /><div>Retratos de mil Marias<br />Eu tenho no meu baú.<br />Maria Carmem, das Dores,<br />Maria dos meus amores,<br />Mas nenhuma como tu!...<br /></div><br /><div>Maria, tantas Marias:<br />Maria das alegrias,<br />Das magoas e das tristesas.<br />Maria das incertezas<br />Que a minha vida povoou...<br /></div><br /><div>E vivendo as nostalgias<br />Credito às tantas Marias,<br />O que uma delas semeou!...</div><br /><div></div><br /><div>Ribeiro Hudson</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-36232670541366496372009-07-19T10:27:00.000-07:002009-07-19T10:29:22.621-07:00Agricultura de Jardinagem<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBwhb8_6ABoszsTM-96RfT7KZTRpHk3q_P4l3QRGIoKCnugOAYuOMhAVTjLuRNipXtrhO5K9KfJEcBBJa3MHVAN5ohrN8OdZ6NciS4ivQEYUjOYKLj8LEKzVeBDMhRkRszTQwxc8wPng/s1600-h/imagem+32+(jardinagem).jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360224617905700338" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBwhb8_6ABoszsTM-96RfT7KZTRpHk3q_P4l3QRGIoKCnugOAYuOMhAVTjLuRNipXtrhO5K9KfJEcBBJa3MHVAN5ohrN8OdZ6NciS4ivQEYUjOYKLj8LEKzVeBDMhRkRszTQwxc8wPng/s200/imagem+32+(jardinagem).jpg" border="0" /></a><br /><div>Essa expressão se originou nos Sul e Sudeste da Ásia, onde há uma enorme produção de arroz em planícies inundáveis, com a utilização intensiva de mão-de-obra.<br />Tal como a agricultura de subsistência, esse sistema é praticado em pequenas e médias propriedades cultivadas pelo dona da terra e seus familiares ou em parcelas de grandes propriedades. A diferença é que nelas se obtém alta produtividade, através do selecionamento de sementes, da utilização de fertilizantes, da aplicação de avanços biotecnológicos e de técnicas de preservação do solo que permitem a fixação da família na propriedade por tempo indeterminado, Não há necessidade de ela se deslocar para outra área. Em países como as Filipinas, a Tailândia, a Indonésia, etc., devido à elevada densidade demográfica, as famílias contam com áreas muitas vezes inferiores um hectare e as condições de vida são bastante precárias.<br />Em países que realizaram reforma agrária – Japão e Taiwan – e ao redor dos grandes centros urbanos de áreas tropicais, após a comercialização da produção e a realização de investimentos para a nova safra, há um excedente de capital que permite melhorar, a cada ano, as condições de trabalho e a qualidade de vida da família. Na China, desde que forma extintas as comunas populares, após a morte de Mao Tse-Tung, em 1976, houve um significativo aumentos da produtividade. A produção é predominantemente obtida em propriedades muito pequenas (inferiores a um hectare por família) e em condições de trabalho em geral ainda precárias. Devido ao excedente populacional, a modernização da produção agrícola foi substituída pela utilização de enormes contingentes de mão-de-obra. No entanto, em algumas províncias litorâneas, está havendo um processo de modernização, impulsionado pela expansão de propriedades particulares e da capitalização proporcionada pela abertura econômica de 1978. Sua produção é essencialmente voltada para abastecer o mercado interno.<br /><br />RESUMINDO:<br />*Pequena/média produtividade;<br />*Mão-de-obra familiar;<br />*Alta produtividade:<br />-Seleção de sementes;<br />-Fertilizantes;<br />-Preservação do solo;<br />-Avanços biotecnológicos.</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-611468537685199950.post-16369730685569251542009-07-16T12:35:00.000-07:002009-07-16T12:42:55.994-07:00O amor, quando se revela...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVvxsRJFgdDqtjTWiQQjIHWG8Ca_d3bsVH2q8gNZYYQ3Z2vOHy5GOOZJ6XaT_MAtJGG863sqLbLFoe1qhdv_j76S0FUJ-KMkkyZvavCUdyLmEOvnkd56XPbS_2PC9beheC-6GPhuEt5Q/s1600-h/pessoa2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359145812702740226" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 138px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVvxsRJFgdDqtjTWiQQjIHWG8Ca_d3bsVH2q8gNZYYQ3Z2vOHy5GOOZJ6XaT_MAtJGG863sqLbLFoe1qhdv_j76S0FUJ-KMkkyZvavCUdyLmEOvnkd56XPbS_2PC9beheC-6GPhuEt5Q/s200/pessoa2.jpg" border="0" /></a><br /><div>O amor, quando se revela,</div><br /><div>Não se sabe revelar. </div><br /><div>Sabe bem olhar p'ra ela,</div><br /><div>Mas não lhe sabe falar. </div><br /><div></div><br /><div>Quem quer dizer o que sente </div><br /><div>Não sabe o que há de dizer. </div><br /><div>Fala: parece que mente</div><br /><div>Cala: parece esquecer </div><br /><div></div><br /><div>Ah, mas se ela adivinhasse, </div><br /><div>Se pudesse ouvir o olhar, </div><br /><div>E se um olhar lhe bastasse </div><br /><div>Pra saber que a estão a amar! </div><br /><div>Mas quem sente muito, cala; </div><br /><div>Quem quer dizer quanto sente </div><br /><div>Fica sem alma nem fala, </div><br /><div>Fica só, inteiramente! </div><br /><div></div><br /><div>Mas se isto puder contar-lhe </div><br /><div>O que não lhe ouso contar, </div><br /><div>Já não terei que falar-lhe </div><br /><div>Porque lhe estou a falar...</div><br /><div></div><br /><div>Fernando Pessoa</div>Marcos Bohrerhttp://www.blogger.com/profile/09353767922107053483noreply@blogger.com0