sábado, 29 de agosto de 2009

Tempo X Clima


# Tempo é o estado médio da atmosfera, em um dado intervalo de tempo e em um dado lugar. Trata de eventos específicos.
A Meteorologia, pela aplicação da física clássica e da matemática, estuda o estado físico, químico e dinâmico da atmosfera e as interações entre este e a superfície terrestre, ou seja, estuda o tempo meteorológico.

Exemplos:
“No dia do jogo, o céu estará de claro a parcialmente nublado.”

“Formação de geadas nos próximos dias, no RS. ”


# Clima são as características da atmosfera inferidas de observações contínuas durante um longo período (30 anos), em um determinado lugar. Médias, condições extremas e probabilidades de freqüência de ocorrência de determinadas condições do tempo. Trata, portanto, de generalizações.
A Climatologia, pelo uso da estatística, estuda os parâmetros meteorológicos e suas inter-relações, através de valores médios, freqüências, variações e distribuição geográfica, ou seja, o clima.

Exemplos:
“Temperatura média do mês de junho é a mais alta dos últimos cinco anos”

“Um novo El Niño deverá manifestar-se em 2002”

Gurizada do Xama pré-vestibular, coloco algo de populção na próxima!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

sábado, 15 de agosto de 2009

Pranto

Ando perdido,
perdido num pranto
Um pranto profundo,
um pranto só meu

Que por conta da güaina,
que me deu esperança
Que dizia que o sonho
nunca iria acabar

Mas no fundo mesmo
ELA só queria era ver,
ELA queria ver o meu pranto rolar...

...(e o meu pranto rolou)

Balanço Energético - I

#O aquecimento global começa com o Sol. Exceto pelas flutuações relativamente pequenas, devido às atividades solares, a quantidade de radiação do Sol que alcança a Terra tem sido constante ano a ano e século a século.
#Se alguém pudesse viajar para as camadas mais externas da atmosfera e mantivesse uma superfície plana perpendicularmente aos raios solares por muitos anos e durante as horas do dia, seria descoberto que cerca de 1.368 Watts/m-2 são recebidos na alta atmosfera.
#Nem toda a energia é absorvida pela Terra. Cerca de 30% do total da energia solar que atingem são refletidos de volta ao espaço pelas nuvens, aerossóis atmosféricos, superfícies refletoras e até mesmo as ondas no oceano.
#Os 70% restante são absorvidos pela terra, ar e oceanos. A radiação absorvida é principalmente na forma de radiação ultravioleta, radiação visível, e radiação infravermelho-próximo.
#Absorção da energia solar aquece a superfície do planeta e a atmosfera e faz da vida na Terra possível.
#A maior parte da energia solar é depositada nas regiões tropicais. Isso é porque a inclinação do eixo rotacional da Terra é quase perpendicular ao plano da eclíptica.
#As latitudes polares recebem em média menos energia do que a região do equador.
#Se a inclinação do eixo terrestre fosse exatamente perpendicular ao plano da órbita ao redor do Sol, não haveria as diferentes estações do ano.
#O clima em Janeiro seria o mesmo de Abril ou de Julho por toda a Terra.

http://earthobservatory.nasa.gov

sexta-feira, 7 de agosto de 2009


TALVEZ não ser é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando o meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e pelos ladrilhos

sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem rubra da rosa,

sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer a minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,

e desde então sou porque tu és
e desde então és, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.

Pablo Neruda

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quadro da Geografia da França (Paul Vidal de La Blache)


O seu conceito de Gênero de Vida é sempre abordando nos textos de Paul Vidal de La Blache, quando cita que “A história de um povo é inseparável da área que ele habita”, ou seja, a construção desse espaço vai depender tanto dos aspectos físicos, quanto dos humanos. É nítida também a influência história que a relação do homem com o meio vai sofrer.
Segundo La Blache, existe um forte co-relação entre o homem e o solo, e na França isso não é diferente. O autor salienta que nesse país, as marcas de um caráter original de antigüidade e de continuidade foram fundamentais para esse processo de identificação regional. Desde muito cedo os estabelecimentos humanos parecem ter adquirido ali a fixidez; os seres humanos ali se detiveram porque encontraram, juntamente com os meios de subsistência, os materiais de suas construções e de suas indústrias. Assim, durante longos séculos ele levou uma vida local, que esteve diretamente ligada com os sumos da terra. Essa adaptação (exploração!) se desenvolveu graças aos hábitos transmitidos e mantidos sobre os lugares em que eles haviam nascidos (influência histórica e social = Gênero de Vida).
Para se entender se a França constitui um ser geográfico ou não, o autor diz que é necessário analisar, primeiramente, quais foram nesse país as relações presente entre o homem e o meio. “É preciso partir da idéia de que uma área (“contrée”) é um reservatório onde dormem energias das quais a natureza depositou o germe, mas cujo emprego depende do homem. É ele que, ao submetê-la ao seu uso, ilumina sua individualidade. Ele estabelece uma conexão entre traços esparsos; os efeitos incoerentes de circunstâncias locais, ele substitui por um concurso sistemático de forças. É então que uma área adquire precisão e se diferencia, tornando-se em sentido amplo como uma medalha esculpida pela efígie de um povo”.
Na França, esse estágio de equilíbrio física e humana é atingido muito cedo, antes que a maioria dos demais países. O estado Frances é um destes países que há mais tempo adquiriu sua fisionomia, deixando o estágio rudimentar em seu passado, após dominar os recursos geográficos.
“O quadro geográfico não deve se sobrepor à introdução histórica, nem sobre toda a obra da qual ele é o prefácio”. A principal conclusão sobre esse quadro na França pelo autor é que uma área não sobrevive somente por sua vida própria, ela vai sofrer influencias de penetrações externas, ou seja, devemos entender o espaço como algo vivo. E, a medida que sua civilização aumenta, aumenta a relação do local (particular) com o global (geral). “Revoluções econômicas como aquelas que se desdobram nos nossos dias imprimem
uma agitação extraordinária à alma humana; elas põem em movimento uma multidão de desejos, de ambições novas; elas inspiram em alguns lamentações, em outros, quimeras. Mas este dilema não deve nos subtrair o fundo das coisas. Quando uma rajada de vento agita violentamente uma superfície de água muito clara, tudo vacila e se mescla; mas, em um determinado momento, a imagem do fundo se desenha outra vez. O estudo atento daquilo que é fixo e permanente nas condições geográficas da França deve ser ou deve tornar-se mais do que nunca o nosso guia”.